Através de um comunicado enviado para a redação do SOL, assinado por Nuno Melo, o CDS-PP acusou o "PS de cópia barata em matéria fiscal"
"O CDS-PP propôs em junho deste ano que os jovens até aos 30 anos beneficiassem de uma isenção de IRS. O fundamento desta medida é o apoio aos jovens que defrontam grandes dificuldades em poderem realizar o seu sonho de ter casa própria e constituir família, e desincentivar que emigrem e deixem Portugal.
António Costa veio ontem copiar o CDS-PP ao anunciar que os jovens iriam ter isenção de IRS no primeiro ano de trabalho e criar um esquema burocrático e complexo para reduzir apenas parcialmente o imposto nos anos seguintes.
Estando consciente das dificuldades que o país atravessa, mas sabendo que há margem orçamental suficiente para ir mais além do que o Primeiro-Ministro propõe, o CDS-PP lamenta a cópia por defeito anunciada por António Costa, por deixar de fora da isenção muitos milhares de jovens cujas dificuldades necessariamente persistem para além do 1.º ano de trabalho.
A cópia de algumas medidas fiscais apresentadas pelo CDS-PP tem sido, aliás, o padrão deste Governo. Começou na redução do ISV para compensar o aumento da receita do IVA nos combustíveis e na aplicação da taxa 0% de IVA sobre os bens alimentares essenciais, ambas propostas pelo CDS logo em abril de 2022.
Prossegue agora, numa versão minimalista e insuficiente, na isenção de IRS para os jovens. O CDS-PP reafirma que a isenção de IRS deve abranger todos os jovens até aos 30 anos, de acordo com uma proposta detalhada que será anunciada pelo Partido em breve.
O CDS-PP considera ainda que o IRS deve descer para todas as famílias portuguesas de forma a reduzir a elevadíssima carga fiscal que os portugueses suportam. Chegou a altura de o Governo de António Costa devolver uma parte dos 25 mil milhões de impostos e contribuições que retirou a mais aos portugueses desde 2015", é possível ler no comunicado enviado para a redação.