Forças Armadas ficaram sem 738 efetivos só este ano

Em agosto, a ministra da Defesa reconheceu existirem dificuldades em Portugal e noutros países no recrutamento de militares, mas assegurou que o Governo está a trabalhar para atrair e reter efetivos.

As Forças Armadas ficaram sem 134 efetivos no segundo trimestre deste ano, aumentando para 738 o número de militares perdidos durante 2023, alertou esta terça-feira a associação de oficiais (AOFA).

“As Forças Armadas Portuguesas registaram, uma vez mais, uma redução de efetivos que só no segundo trimestre de 2023 se cifra em 134. Só este ano de 2023, as Forças Armadas já perderam 738 militares”, sublinha a AOFA, numa análise aos dados da Direção-Geral da Administração e Emprego Público.

Segundo a mesma, entre 2011 e o segundo trimestre deste ano, o número de efetivos nas Forças Armadas passou dos 34.514 para 23.558, ou seja, menos 10.956 militares.

Em agosto, a ministra da Defesa reconheceu existirem dificuldades em Portugal e noutros países no recrutamento de militares, mas assegurou que o Governo está a trabalhar para atrair e reter efetivos.

Helena Carreiras garantiu que estão a ser criadas um conjunto de medidas para lidar com estas dificuldades.

“Há um conjunto de medidas a que se somam medidas na área dos rendimentos. Tal como fizemos em 2022, em que foi possível aumentar os salários entre dois e oito por cento e para as categorias mais baixas da tabela remuneratória aumentar até 100 euros, valorizando um conjunto de oito mil militares”, disse a governante.