Foram descobertos vestígios arqueológicos, na Avenida Marechal Gomes da Costa, no Porto, atrasando assim a obra da linha de metrobus. Estimando-se condicionamentos de trânsito naquela via até outubro.
Numa carta enviada aos moradores, esta quarta-feira, dia em que foram descobertos os vestígios, a empresa Metro do Porto, responsável pela obra adianta que, no âmbito dos trabalhos que decorrem entre a Avenida Marechal Gomes da Costa e a Praça do Império, “foram encontrados vestígios arqueológicos” mais precisamente “um conjunto de fossas, situadas precisamente sobre o canal metrobus” o que irá obrigar “à realização de sondagens exploratórias mais profundas.
A empresa explica que as escavações arqueológicas, obrigatórias por lei “visam avaliar o eventual valor histórico deste património e, em termos práticos, impedem o desenvolvimento da obra de acordo com o planeamento que estava definido” estimando que as sondagens se prolonguem por três semanas.
Tendo em conta esta descoberta, o condicionamento do trânsito na Avenida Marechal Gomes da Costa continuará entre a zona do Cristo Rei e a Praça do Comércio, permanecendo ocupadas “as faixas da esquerda de ambos os lados, circulando-se em cada sentido apenas pela via da direita”. O Metro do Porto conclui ainda que após findarem aquelas escavações “esta fase da obra será retomada e concluída” levando assim à “instalação de nova rede de semaforização e colocando novo pavimento”.
O corte das faixas da esquerda da Avenida Marechal Gomes da Costa, que teve início em 16 de agosto, estava previsto por um mês.
Aquando do arranque da empreitada naquele troço da futura linha de metrobus, a empresa salientava que os condicionamentos de trânsito decorreriam "numa altura de férias escolares, sendo por isso o impacto menor".
Na carta, datada desta quarta-feira, a Metro do Porto lamenta os "incómodos que os alargamentos do prazo da obra possam causar".
O novo serviço da Metro do Porto ligará a Casa da Música à Praça do Império (em 12 minutos) e à Anémona (em 17) em junho de 2024, com recurso a autocarros a hidrogénio, circulando em via dedicada na Avenida da Boavista e em convivência com os automóveis na Avenida Marechal Gomes da Costa.
O investimento no 'metrobus' é totalmente financiado pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) e chega aos 66 milhões de euros, valores sem IVA, e as obras arrancaram no final de janeiro.
Estão previstas as estações Casa da Música, Guerra Junqueiro, Bessa, Pinheiro Manso, Serralves, João de Barros e Império, no primeiro serviço, e na secção até Matosinhos adicionam-se Antunes Guimarães, Garcia de Orta, Nevogilde, Castelo do Queijo e Praça Cidade do Salvador (Anémona).