Lampedusa, a ilha italiana que mais tem dado que falar nas últimas semanas, tem sido o lugar de escolha de muitos imigrantes ilegais vindos do continente africano. Estando geograficamente mais próxima de África, recebeu nos últimos dias 11 mil imigrantes vindos de vários países, o dobro da população da ilha, que ronda os 6 mil habitantes.
Ao chegarem à ilha os imigrantes são direcionados para um centro de acolhimento chamado “hotspot”, enquanto esperam a sua vez de receberem os papeis ou de serem chamados para o centro de processamento.
O “hotspot” foi concebido para conter lá cerca de 400 pessoas, atualmente a ilha conta com a presença de milhares de imigrantes, todos concentrados num pequeno espaço. As forças de segurança italianas não têm mãos a medir e têm havido relatos de muitos destes migrantes ilegais a fugirem do centro de acolhimento por passarem fome ou não haverem condições mínimas para lá ficarem.
Na última semana muitas Organizações Não Governamentais (ONGs) têm chamado à atenção do mundo para as condições a que os imigrantes estão sujeitos na ilha. A própria presidente da Comissão Europeia, Ursula Von der Lyen, já se deslocou a Lampedusa para poder testemunhar o número de migrantes que ali se concentram, deixando o aviso de que “imigração ilegal é um problema europeu e que requer uma resposta europeia”.
