O Ministério Público espanhol solicitou pela primeira vez a um tribunal a abertura de uma investigação de alegados crimes de tortura durante a ditadura franquista.
Esta é a primeira vez que o Ministério Público espanhol se pronuncia a favor de uma investigação de crimes contra a Humanidade e torturas durante a ditadura de Francisco Franco.
Até ao momento, as autoridades espanholas invocaram, para recusar dar seguimento a casos destes, a prescrição dos alegados crimes e a lei de amnistia aprovada em 1977.
Segundo o pedido entregue no tribunal de Barcelona, o Ministério Público explica que a nova Lei de Memória Democrática permite e obriga agora a investigar este tipo de delitos.
A queixa que motivou esta decisão foi apresentada por Carlos Vallejo, um sindicalista que foi detido duas vezes em Barcelona no início dos anos de 1960.
Este descreve que foi torturado numa esquadra de Barcelona por causa da sua atividade política e sindical.