Indonésia deporta 153 chineses por fraudes amorosas online

Segundo a investigação, a organização começou a atuar este ano a partir da Indonésia, onde entrou com vistos de turista, depois de as autoridades de Pequim terem desmantelado a rede na China.

A Indonésia deportou para a China 153 cidadãos chineses que faziam parte de um esquema de fraude amorosa online que rendeu 1,3 milhões de dólares (1,2 milhões de euros), a informação foi revelada esta sexta-feira.

“Eles fazem parte de uma rede que comete os crimes na Indonésia, mas que tem como alvo vítimas de origem chinesa”, disse Subki Miuldi, diretor do gabinete de imigração da cidade de Batam, onde as deportações ocorreram na quarta-feira, de acordo com um comunicado.

Os deportados violaram o artigo 75.º da lei da imigração indonésia, referiu a mesma nota, sublinhando a importância da “cooperação com a comunidade na transmissão de informações”, para “manter a estabilidade e a segurança do país”.

As vítimas eram também cidadãos chineses, centenas, de acordo com a investigação, contactados e seduzidos por mulheres da organização através de videochamadas, sendo depois extorquidos com as gravações sexualmente explícitas, noticiou o jornal de Hong Kong South China Morning Post.

Segundo a investigação, a organização começou a atuar este ano a partir da Indonésia, onde entrou com vistos de turista, depois de as autoridades de Pequim terem desmantelado a rede na China.

Em 2017, a Indonésia deteve e deportou 416 cidadãos chineses e taiwaneses que pertenciam a uma rede de fraude telefónica e de investimento ‘online’, e dois anos depois deteve e devolveu à China 85 cidadãos envolvidos num caso semelhante.