Professores e trabalhadores não docentes acabam esta sexta-feira a greve iniciada no dia 18, com uma manifestação em Lisboa, desde a presidência do Conselho de Ministros até à Assembleia da República.
O protesto marcado para as 14h, convocado pelo Sindicato de Todos os Profissionais da Educação (S.To.P.!) pretende “assinalar a degradação das condições na escola pública” e reafirmar a luta dos docentes e não docentes.
A manifestação assinala também o fim de uma semana de greve pela recuperação do tempo de serviço e contra aquilo que o sindicato diz serem várias injustiças no setor.
Esta foi a primeira greve do ano letivo 2023/2024, em que os profissionais prometem manter a contestação do ano passado até verem as suas reivindicações respondidas.
Ao longo da semana, a paralisação causou alguns constrangimentos, levando ao encerramento pontual de algumas escolas, mas não teve o impacto de muitas das greves no ano letivo anterior.
Na segunda-feira, em declarações à agência Lusa, o coordenador do S.To.P.!, André Pestana admitiu a fraca adesão em escolas de Lisboa e do Porto, onde a esmagadora maioria das escolas esteve aberta, porque “a maior parte das pessoas que adere não é do centro das grandes cidades”.
Os professores continuam a exigir a recuperação dos seis anos, seis meses e 23 dias de tempo de serviço congelado, contestando também um conjunto de outras injustiças sentidas por docentes e não docentes.
O S.To.P.! refere também os docentes prejudicados pelas regras do regime de mobilidade por doença e as condições dos professores em regime de monodocência, do primeiro ciclo.
Por outro lado, o sindicato sublinha a falta de assistentes técnicos e operacionais nas escolas e as condições de trabalho precárias dos existentes.