O líder do partido socialista espanhol (PSOE), Pedro Sánchez, assegurou, este domingo, que será reconduzido como primeiro-ministro, na sequência das eleições de 23 de julho, nas quais o PP, de Alberto Núñez Feijóo, foi o partido mais votado, embora sem maioria absoluta.
As declarações de Sanchéz foram feitas num comício em Barcelona, quando ao mesmo tempo em Madrid, se juntavam dezenas de milhares de pessoas numa manifestação contra as alianças do PSOE com independentistas, sobretudo, os catalães, que pedem uma amnistia para os dirigentes regionais envolvidos numa declaração unilateral de independência em 2017.
“Estão a manifestar-se contra um Governo socialista. Pois, lamento, vai haver um Governo socialista. Para nós é claro: há números [nos apoios parlamentares] para um Governo progressista do PSOE com o partido de Yolanda Díaz [Somar]”, afirmou Sanchéz, sem, no entanto, adiantar pormenores sobre as negociações com os independentistas, nem de quais depende a viabilização de um Executivo.
“Podem perder-se umas eleições, mas não se pode perder o sentido da realidade”, acrescentou.
Sublinhe-se que Alberto Núñez Feijóo submete-se esta semana, a partir de terça-feira, a uma tentativa de investidura como primeiro-ministro no Parlamento, embora tenha reconhecido que não tem, até agora, os apoios suficientes para ser eleito.
Feijóo conta com o apoio de 172 deputados do PP, do VOX (extrema-direita), Coligação Canária e União do Povo Navarro.
Todos os restantes partidos, que representam no seu conjunto 178 deputados, têm manifestado disponibilidade para negociar a viabilização de um novo Governo de Sánchez.