A inflação nos países que constituem a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), voltou a crescer no mês de agosto, chegando aos 6,4%. Um valor superior aos 5,9% registados em julho.
Segundo a OCDE, a inflação cresceu em 14 dos países que a compõem, com nove deles a registar aumentos de 0,5 pontos percentuais (p.p.) ou mais, a que se junta uma nova e acentuada subida de cerca de 10 p.p. na Turquia.
Ainda assim, a descida homóloga dos preços dos produtos energéticos observada nos últimos meses nos países da OCDE abrandou em agosto. Mas a inflação energética aumentou entre julho e agosto em 25 países da OCDE, permanecendo negativa em 11 destes 25 países. Canadá, França, Coreia e Turquia registaram aumentos de 10 p.p. ou mais, resultando numa inflação energética positiva nestes países.
Contudo, a inflação energética permaneceu negativa em termos homólogos em 22 dos 38 países.
Já a inflação alimentar continuou a diminuir, mas a um ritmo mais lento do que nos meses anteriores, atingindo 8,8% em agosto face aos 9,2% de julho. A inflação menos produtos alimentares e energéticos (inflação subjacente) manteve-se globalmente estável, em 6,8%.
Na zona euro, a inflação homóloga medida pelo Índice Harmonizado de Preços no Consumidor (IHPC) manteve-se globalmente estável em 5,2% em agosto, em comparação com 5,3% em julho. “A recuperação dos preços da energia entre julho e agosto na zona euro quase compensou a queda da inflação alimentar e a ligeira descida da inflação subjacente”, diz a OCDE, lembrando que a estimativa provisória do Eurostat para setembro aponta para uma queda da inflação homóloga na zona euro para 4,3%, o nível mais baixo desde outubro de 2021.