Novo protesto dos ativistas do Climáximo mais “perto do poder legislativo”

Três ativistas acabaram detidos e foram levados para a esquadra da PSP no Rato.

Esta quarta-feira, Lisboa foi palco de mais um protesto do movimento Climáximo, onde três ativistas sentaram-se no chão e bloquearam o trânsito na Rua de São Bento, lugar “mais perto do poder legislativo”, durante mais de 20 minutos.

Este protesto aconteceu cerca de 24 horas depois da manifestação em hora de ponta, na Segunda Circular e, desta vez, os ativistas distribuíam panfletos onde se lia “Sabendo o que sabes sobre a crise climática, o que vais fazer?”.

 Numa nota enviada às redações Mariana Rodrigues, porta-voz do coletivo, volta a apontar culpa  das “catástrofes, ditas ‘naturais’” aos “governos e empresas” que, segundo a mesma, “ declararam guerra contra a sociedade e ao planeta”.

“As cheias de Nova Iorque chegaram menos de um mês depois das cheias na Líbia, em que morreram mais de 10 mil pessoas” acrescenta Noah Zino, um dos ativistas que foi ontem detido e presente esta manhã em tribunal, sublinhando que “Neste momento, estamos a perder cidades inteiras para a crise climática, e isto está a acontecer com 1,2 ºC de aquecimento, enquanto os governos e as empresas apontam para 3 a 5 ºC”.

Para a porta-voz do coletivo, “a sociedade vive num estado de guerra” e ao ignorarmos “a nossa realidade física compactuamos com o genocídio e o ecocídio dos governos e das empresas emissoras”.

Os três ativistas acabaram por ser detidos pela PSP e levados para a esquadra da PSP no Rato.