Emergência climática – A face luxuosa do marxismo

Algumas das metas a que se propõe o Pacto Ecológico Europeu dificilmente podem ser implementadas.

De forma nacional e global temos assistido a um fenómeno que parece fazer pouco sentido, especialmente na realidade nacional, num país que recentemente se pode dizer mais pobre que a Roménia.

Se isto deveria ser matéria de reflexão profunda, preocupação e ansiedade em jovens e menos jovens, considerando que é quase certo que os jovens portugueses têm o seu futuro traçado: Pobreza, ou imigração. Parece que há algo que se sobrepõe a este medo de futuro hipotecado, ou até a uma reflexão racional sobre termos chegado aqui: A emergência climática.

“Acabou a Era do aquecimento global e começou a da ebulição global”, garante António Guterres que ocasionalmente, como um cavaleiro do apocalipse nos relembra que o fim está próximo, e estamos em cima do prazo. Este discurso parece ser ampliado por todos os decisores mundiais.

A questão fundamental sobre o poder é que quem o tem, pretende mantê-lo. E ainda que a ação humana possa ser um dos fatores a considerar quando se fala de alterações climáticas, não é sensato abordar esta questão sem referir o interesse na existência deste medo.

Se existir medo, existe recetividade à aceitação de medidas, geralmente restritivas da liberdade individual para levar a cabo ‘a salvação’.

Também a presidente da Comissão Europeia partilha este sentido de urgência chegando a afirmar que: “É preciso mais dinheiro para o clima” quando questionada sobre uma legislação que visa ‘taxar os lucros excessivos’ das empresas produtoras de energia.

A nível nacional, ou a nível mundial, a premissa é a mesma: não existe dinheiro público. Existe dinheiro que foi retirado aos contribuintes e que não tiveram qualquer hipótese de escolha no seu destino.

Em 2021, em Portugal o peso dos impostos com relevância ambiental no total das receitas de impostos e contribuições sociais correspondeu a 6,6% sendo mais do que a média Europeia.

Se observarmos algumas das metas a que se propõe o Pacto Ecológico Europeu, depreendemos que dificilmente podem ser implementadas sem que haja um aumento de preço para o consumidor final, já que impõem uma serie de restrições e imposições a diversos níveis e em vários setores.

E continuamos a pagar. Mas nunca chega. E os alertas continuam: O fim está próximo.

E de repente, ‘os jovens’ sentem ‘ansiedade climática’ – uma nova condição que os isenta de qualquer tipo de responsabilidade e tudo justifica. Basicamente todo e qualquer atentado a pessoas e propriedades é olhado com uma preocupante condescendência social.

O seu objetivo é claro e transcende a mera preocupação ambiental: anti-capitalismo. Estes ‘ativistas’, que claramente têm o privilégio de não sentir as consequências financeiras das políticas que defendem são também anti-capitalistas.

 Os ‘ativistas climáticos’ querem impor um modelo de sociedade sem consumo, e sem liberdade (dos outros), em que a preocupação ambiental é apenas um belo candelabro que esconde a verdade sobre este modelo: Marxismo.

 Ignorando que apenas o ser humano com recurso a capital e tecnologia, pode evoluir para soluções que visem a conservação.

Mas isto nunca foi sobre conservação, ambientalismo, ou sobre sustentabilidade. Isto é sobre a imposição de um ‘novo modelo de sociedade’ – Sem consumo, sem posses, sem classes, sem lei: Marxismo.