Investidores e proprietários rejeitam congelamento de rendas

Mais de metade dos inquiridos admite que o documento que não responde às necessidades reais do mercado.

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A esmagadora maioria dos portugueses (83,7%) sente que as medidas de apoio à habitação deveriam ser uma prioridade no Orçamento de Estado (OE) e 56,7% defende que o documento não responde às necessidades reais do mercado, conclui um inquérito da imovendo, proptech imobiliária portuguesa, junto de 12.800 investidores e proprietários nacionais, entre 11 e 16 de outubro. 

A maior parte dos inquiridos (77,9%) considera que o congelamento das rendas não resolve o problema da habitação, no entanto, as previsões das consequências da medida no mercado dividem-se: 30,6% sente que existirão mais casas à venda, 22,4% acha, por outro lado, que teremos menos e 28,2% dos inquiridos não acredita em mudanças significativas. 

Para 43% dos inquiridos, a melhor forma de contornar o congelamento das rendas passaria pela execução de um novo contrato de arrendamento, sendo que 27,4% optaria por vender o seu bem. 

Os arrendatários e o Estado, segundo os inquiridos (60,4%), ganham com esta medida, compensada pela perspetiva de grande parte dos proprietários (49,4%) vender as suas casas por mais dinheiro, mas demorarem mais tempo a concluir o negócio. 

Os custos associados à compra de um imóvel é, segundo 67,4% dos inquiridos, um dos principais entraves à decisão de adquirir casa, e 71,5% está contra o apoio do Estado à entrada do crédito habitação para os jovens. 

“Menor carga fiscal para senhorios e arrendatários”, “IVA reduzido para toda a construção de forma a aumentar a oferta”, “libertar mais terrenos para construção”, “subsidiar os proprietários para que possam manter os arrendamentos” e “terminar com o imposto aplicado às rendas para estimular o mercado de arrendamento” foram algumas sugestões dos investidores e proprietários que participaram no inquérito da Imovendo.