Há coisas neste mundo virado do avesso que vale a pena cismar, divagações muito dificilmente susceptíveis de provar, ainda assim razoavelmente plausíveis. Por exemplo, como ressonância mais do que vaga do ataque terrorista do Hamas a Israel a 7 de Outubro, eis como observei atónito, quase incrédulo, a 2ª parte do jogo de futebol disputado no dia 16 deste mês entre as selecções da Bósnia e de Portugal. No final da 1ª parte a goleada de 5-0 dada pela nossa selecção pressuporia mais qualquer “coisinha” na 2ª e de duas uma: ou a Bósnia reagiria com alguma qualidade de forma a reduzir a pesada desvantagem ou tal não acontecendo, e de facto não aconteceu, o expectável seriam mais uns golinhos da nossa parte. Mas nada disso, nem “um só mais um” de lado nenhum, tudo a zeros em muito aborrecimento. Até os nossos comentadores da RTP 1 cismavam simpáticos por um golinho bósnio, isto dito e explícito! O jogo simplesmente não foi jogado, ambas as equipas enganaram o espectáculo desportivo, evidência que me fez lembrar um “acordo” tácito de há uns anos num mundial, entre a Áustria e a Alemanha em que um empate que convinha a ambas as selecções se confirmou num então enfadonho 1-1.
Porquê este tema? Porque suspeito de política metida em botas de futebol. Sou por princípio avesso às teorias de conspiração até porque não “dou” a nenhuma organização humana a capacidade de dominar, felizmente, a volatilidade dos destinos do mundo. Todavia, são legítimas as teorias de suspeição quando baseadas em alguma razoabilidade. Para mim, a 2ª parte desse jogo de dia 16 foi uma pura mentira desportiva e a minha suspeita baseia-se no seguinte:
- Ao intervalo todos ficámos a saber ter havido, nos arredores de um outro jogo, um atentado terrorista islâmico, no caso, em Bruxelas, entre a Bélgica e a Suécia, do qual resultaram dois mortos de nacionalidade sueca;
- A Bósnia, país islâmico que a Europa e a América de Clinton ajudaram a estabelecer ao lado de um outro também muçulmano, o Kosovo, no rescaldo da Guerra dos Balcãs, a Bósnia é reconhecida por ter um público de futebol fanático;
- Para não atear fogo ao fanatismo convinha, pois, não “humilhar” os muçulmanos bósnios em sua própria casa, dilatando os efeitos de uma derrota vergonhosa. Basta lembrar que demos 9-0 ao Luxemburgo há um par de semanas;
- O nosso seleccionador, o espanhol Roberto Martinez (parabéns por falar português e por jogar ao ataque, até que enfim!), o nosso seleccionador treinou a Bélgica o ano passado com bons resultados, por certo, deixando por lá amigos influentes;
- O Presidente da República Portuguesa, Marcelo Rebelo de Sousa, estava na noite dos atentados de Bruxelas … em Bruxelas!
Aqui vai a minha suspeita: não terá havido “mãozinha” amiga que, pegando num telemóvel, moveu e influenciou a 2ª parte do jogo Bósnia-Portugal para que ficasse a zeros de modo a apaziguar a Europa Islâmica que nas ruas europeias grita por Gaza? Se sim é deveras estúpido, não pela intenção (são sempre “boas” as intenções que enchem o inferno!) mas simplesmente porque a estupidez menoriza os homens, é corolário da manipulação inaceitável que faz das pessoas de hoje simples bonecos na mediatização mundial. Meter política no futebol será sempre dar um pontapé na verdade desportiva. É intolerável fazer de nós gente acéfala, a democracia precisa de verdade como oxigénio em atmosfera tóxica. Ao Luxemburgo calharam bem os 9-0, levantou o ânimo aos emigrantes portugueses, mas à Bósnia não dava jeito.
Estará fora da razoabilidade legítima este meu arrazoado de associações laterais? Já vi tanta coisa que “não sei não”, como dizem os brasileiros.