Foi pela primeira vez que, Pedro Sánchez, defendeu abertamente uma lei de amnistia dos delitos cometidos na Catalunha durante o processo unilateral de independência em 2017.
Perante o Comité Federal do PSOE, o presidente em funções, afirmou, que, “em nome de Espanha, no interesse de Espanha e na defesa da convivência entre os espanhóis, defendo hoje a amnistia na Catalunha”.
Pedro Sánchez justificou a sua decisão com os resultados das eleições na Catalunha, onde os partidos independentistas perderam força, a favor do Partido Socialista da Catalunha.
“O resultado das eleições na Catalunha prova que as medidas de graça e os indultos tiveram um efeito muito maior do que o que se podia prever na sociedade catalã no sentido da superação da rutura que vivemos desde 2017″, explicou o líder socialista.
Sánchez assume que esta medida não era parte do seu programa político e que não era sua intenção tomá-la de imediato, porém, justificou, na “vida “nem sempre podemos escolher os momentos” e lembrou que “o programa eleitoral do partido só pode ser cumprido integralmente quando se tem maioria absoluta”
Os resultados das eleições de Julho, obrigam o partido socialista a chegar a acordo com seis formações políticas diferentes, entre elas os independentistas do Junst per Catalunya e do Esquerda Republicana.
Ambos puseram a lei de amnistia como condição principal para levar a cabo as negociações e Sánchez lembrou os seus de que “para haver um governo de progresso e evitar um governo da direita com a extrema-direita, do PP com o Vox, a lei de amnistia é uma condição necessária”.
O principal órgão do partido reuniu-se este sábado para discutir o acordo de governo de coligação entre o PSOE e o Sumar, partido da vice-presidente e ministra do Trabalho em Funções, Yolanda Díaz.
A consulta às bases é obrigatória e vinculativa e Sánchez defendeu o acordo perante o partido. “Vamos formar um novo governo de coligação para continuar a avançar na senda de progresso que iniciámos há quatro anos. E nesse sentido é muito importante o acordo assinado com Sumar, que agora deve ser submetido ao voto dos militantes”, disse.