Moscovo contrariou, esta quinta-feira, as declarações do chefe do Exército da Ucrânia, Valeri Zaluzhni, que defendeu a “estagnação da guerra”, sublinhando que a campanha militar russa no continente continua no sentido de alcançar os seus objetivos.
Dimitri Peskov, porta-voz da Presidência russa, frisou, em conferência de imprensa, que “não, o conflito não está em ponto morto. A Rússia continua a levar a cabo a operação militar especial. Todos os objetivos determinados devem ser alcançados”.
O chefe do Exército Ucraniano redigiu, num artigo publicado na revista The Economist, que a guerra estancou numa fase de posições, não se devendo esperar manobras significativas dos dois lados.
O general ucraniano considera que para sair desta situação que aponta como estagnação é necessário “um grande avanço tecnológico”.
Valeri Zaluzhin reconheceu que errou ao acreditar que as elevadas baixas infligidas ao inimigo (Rússia) – que quantificou em 150 mil mortos – podiam deter a guerra.
Peskov responde afirmando que Kiev “tem de compreender” que não pode vencer a Rússia no campo de batalha.
“Quanto mais cedo o regime de Kiev o entender, mais perspetivas se podem abrir (para uma solução)”, concluiu Peskov.