O novobanco apresentou lucros de 638,5 milhões de euros. Um resultado que, de acordo com a instituição financeira, se deve ao facto de estar “assente num sólido modelo de negócio doméstico e simples, que proporciona uma rentabilidade crescente suportada pelo desempenho positivo das receitas, em conjunto com as medidas de eficiência implementadas nos últimos anos”.
No primeiro trimestre, o resultado fixou-se em 148,4 milhões, subiu para 224,8 milhões no segundo e 265,3 milhões no terceiro trimestre do ano. “No terceiro trimestre o Banco continua a apresentar fortes resultados. Além de rentável tem capacidade de geração de capital. Temos um balanço sólido e de elevada liquidez e mantemo-nos focados nos nossos clientes e em satisfazer as suas necessidades financeiras”, revelou o CEO Mark Bourke.
A margem financeira totalizou os 831,2 milhões de euros, “reflexo da melhoria da taxa de juro média dos ativos que superou o aumento do custo de financiamento”. Já as comissões de serviços a clientes ascenderam a 217,1 milhões de euros, com aumento de 0,7% face ao período homólogo. Em igual período do ano passado tinha totalizado 215,7 milhões de euros.
O crédito a clientes bruto situou-se em 25,7 mil milhões de euros, um aumento de 0,2% face a dezembro do ano passado. “A originação nos primeiros nove meses foi de 2,6 mil milhões de euros, suportada pela evolução positiva da captação de clientes, tendo sido parcialmente mitigada pelo aumento das amortizações”.
Os créditos não produtivos (NPL) registaram uma redução de 12,5% face a dezembro de 2022 situando-se em 1 205 milhões. O rácio líquido de NPL foi de 0,7% e o rácio de NPL de 4,2%, com uma cobertura de 83,8%, bastante superior à média europeia.
Os recursos totais totalizaram 34,5 mil milhões, dos quais 28,1 mil milhões em depósitos. “Este desempenho reflete-se no
crescimento da quota de mercado dos depósitos para 9,7% em agosto de 2023”.
O produto bancário comercial foi de 378,9 milhões, “tendo o desempenho da margem financeira (+29,5 milhões face ao segundo trimestre) sido impulsionado por uma carteira de crédito com taxa de juro variável e pelo ambiente favorável das taxas de juro”.
Os custos operativos foram de 114,5 milhões (109,5 milhões excluindo custos de natureza excecional) com um aumento de 1,2% face ao segundo trimestre, enquanto o montante afeto a imparidades e provisões totalizou 25,8 milhões (dos quais 17,8 milhões para crédito), em linha com os trimestres anteriores.
Os custos com pessoal foram de 183,8 milhões (+14 milhões vs 9M22), os gastos gerais administrativos totalizaram 126,3 milhões (+11,3 milhões vs 9M22) e as amortizações, no valor de 29,5 milhões estão em linha com o período homólogo. “Excluindo os itens de natureza excecional, os custos totalizaram 322 milhões, representativos de um aumento de 6,9% face ao período homólogo. Em 30 de setembro, o grupo novobanco tinha 4 209 colaboradores (dez/22: 4 090; +119 colaboradores),e 292 balcões (dez/22: 292 balcões) dos quais mais de 261 a operar com o novo modelo de distribuição e mais de 233 equipados com VTM (Virtual Teller Machine).