NATO suspende aplicação do tratado para forças convencionais devido à saída da Rússia

 NATO suspende aplicação do tratado para forças convencionais devido à saída da Rússia.

Na sequência da saída definitiva da Rússia do Tratado de Forças Armadas convencionais na Europa, a Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO) anunciou, esta terça-feira, que vai suspender a aplicação do mesmo.

Os países que compõem a Aliança Atlântica, em comunicado, condenaram a saída da Rússia deste tratado, assim como a “guerra de agressão contra a Ucrânia que vai contra os objetivos” daquela convenção.

A NATO acrescenta que “a saída da Rússia é só a mais recente numa série de ações que sistematicamente diminuem a segurança euro-atlântica”.

Deste modo, “e como consequência, os países aliados pretendem suspender a operação do Tratado de Forças Armadas Convencionais na Europa pelo tempo que for necessário, de acordo com os seus direitos ao abrigo da lei internacional”, assegurando que a “decisão é apoiada por todos os aliados da NATO”.

Aliás, na ótica da NATO, estão em causa os princípios da “reciprocidade, transparência, conformidade, verificação e consentimento”.

“Os aliados reiteram o seu continuado compromisso em reduzir o risco militar e na prevenção de conflitos”, completou a organização político-militar.

O tratado estabelecia limites iguais para o número de tanques, veículos blindados de combate, artilharia pesada, aviões de combate e helicópteros de ataque que a NATO e o Pacto de Varsóvia podiam destacar entre o oceano Atlântico e os Urais.

O documento original foi assinado por 22 países da NATO e pela União Soviética, mas a versão atualizada nove anos mais tarde, para refletir o alargamento da NATO e a dissolução do Pacto de Varsóvia, já não foi ratificada.