Algarve sem urgências pediátricas em vários períodos esta semana

Durante esta semana serão vários os períodos em que diversos hospitais (Braga, Viana, Famalicão, Barcelos, Póvoa, Matosinhos) não terão cirurgia geral de urgência. pelo que os doentes terão de ir para o Hospital de São João, no Porto.

A recusa dos médicos em fazer horas extraordinárias limita o funcionamento de mais de 30 urgências até o próximo sábado. Uma situação crítica é a pediatria no Algarve, uma vez que a urgência de Portimão está sem urgências pediátricas este domingo, tal como o de Faro, o que obriga a que todas as situações urgentes/emergentes do Algarve tenham de ser atendidas no Alentejo ou em Lisboa. O mesmo verifica-se em alguns horários coincidentes nos dois hospitais algarvios nos dias 15, 16, 17 e 18.

De acordo com uma nota da Direção Executiva do SNS (DE-SNS), no Algarve, a urgência na pediatria terá dificuldades de resposta em Portimão nos dias 11 e 12 (ontem e hoje) e nalguns horários nos dias 15, 16, 17 e 18. Em Faro as dificuldades de resposta na pediatria são este  domingo ( e também no dia de ontem), na noite de 15 e horário diurno de 16, assim como na noite de 17 e durante todo o dia e noite de 18. 

A análise da nota aponta ainda que, a Norte, durante esta semana serão vários os períodos em que diversos hospitais (Braga, Viana, Famalicão, Barcelos, Póvoa, Matosinhos) não terão cirurgia geral de urgência. pelo que os doentes terão de ir para o Hospital de São João, no Porto. 

São João, tem, no máximo, três salas de bloco operatório de urgência, e que são utilizadas por Ortopedia, Cirurgia Vascular, Cirurgia Plástica, Cirurgia Pediátrica, Cirurgia Torácica, Urologia, Cirurgia Maxilo-Facial e Neurocirurgia.

Algumas destas especialidades cirúrgicas são urgências metropolitanas ou regionais, com capacidade que, no dia-a-dia já obrigava a enormes tempos de espera para operar situações urgentes. Esta enorme sobrecarga coloca uma pressão acrescida e a questão sobre o que se poderá esperar.  

Na nota deste fim de semana, a DE-SNS admite que o Serviço Nacional de Saúde (SNS) atravessa um “período crítico da sua existência” e diz que a reorganização da resposta nos serviços de urgência foi imposta pela indisponibilidade de “um número relevante de médicos” para fazerem trabalho extraordinário.

A DE-SNS aponta dificuldades de funcionamento em 11 serviços de urgência (diversas especialidades) na região Norte, na região Centro são cinco as unidades hospitalares com constrangimentos nas urgências, na região de Lisboa e Vale do Tejo 11, uma no norte alentejano (Portalegre), uma em Évora e duas no Algarve.