Idosos de Vila Praia de Âncora aconselhados a não sair de casa devido aos casos de legionella

O delegado de saúde do Alto Minho garantiu que “não há razão para grande alarme”. “Está em curso a investigação para tentar encontrar a origem deste foco. Há muitos técnicos no terreno. Esperemos ter resultados no mais curto espaço de tempo”, afirmou

O delegado de saúde do Alto Minho, Luís Delgado, recomendou, esta quarta-feira, aos idosos de Vila Praia de Âncora, Caminha, que se “resguardem” durante as investigações que procuram determinar as origens do recente surto de legionella, que já infetou oito pessoas.

Numa conferência de imprensa conjunta com o presidente da Câmara de caminha, Luís Delgado explicou: “Há um surto em Vila Praia de Âncora. As crianças não são a população alvo da patologia. Mas estamos a recomendar que pessoas com mais idade, e com comorbilidades, se resguardem” acrescentou, recusando, no entanto, que existam motivos para alarme.

“Pessoas com mais idade e comorbilidades de Vila Praia de Âncora devem ficar em casa” sublinhou o delegado de saúde.

O responsável avançou que há uma “diluição das suspeitas” relativamente ao foco da infeção e explicou que a “investigação ambiental” se concentra em Vila Praia de Âncora, freguesia do concelho de Caminha, no distrito de Viana do Castelo, onde residem cinco dos doentes identificados.

Luís Delgado não descarta a hipótese de aparecerem mais casos, sendo que a legionella tem um “período de incubação de 10 dias”.

De momento encontram-se no terreno 10 técnicos a realizar a “investigação ambiental” de modo apurar a origem da bactéria, apesar de não haver “uma suspeita única”.

Quanto às infeções registadas nas freguesias de Vilarelho e de Moledo, Luís Delgado indicou que decorrem inquéritos à população, sugerindo que as pessoas se possam ter deslocado a Vila Praia de Âncora, uma vez que o contágio não é feito pessoa a pessoa, mas por inalação de gotículas de vapor de água contaminada (aerossóis).

Depois da investigação a vários locais de Vila Praia de Âncora, as análises seguem esta quarta-feira para o Instituto Nacional de Saúde Ricardo Jorge (INSA) no Porto, não se sabendo ainda se terão de ir para Lisboa, pelo que há ainda “um tempo de espera” até que sejam conhecidos os resultados, observou.

O delegado de saúde recomendou ainda que, caso os residentes em Vila Praia de Âncora exibam sintomas da infeção por legionella, devem contactar a saúde 24.

Os sintomas têm um “quadro similar a uma gripe” com “febre, cefaleias, dispneia e nevralgias”.