O ministro da Saúde anunciou hoje que o funcionamento em rede do Serviço Nacional de Saúde (SNS) tem possibilitado o atendimento dos utentes, embora reconheça que isso tem gerado sobrecarga para os profissionais de saúde e para os serviços de emergência médica. Mais de 30 serviços de urgência em várias especialidades estão a funcionar com restrições devido à falta de médicos para garantir as escalas, conforme um plano de reorganização semanal elaborado pela Direção Executiva do SNS.
Ao ser questionado sobre o andamento do plano, durante uma conferência em Lisboa, o ministro Manuel Pizarro expressou preocupação com a sobrecarga para os profissionais de saúde, mas destacou que o SNS tem conseguido atender as necessidades dos utentes. Pizarro admitiu que, em alguns casos, há sobrecarga para médicos e outros profissionais de saúde, pois precisam lidar não apenas com os utentes regulares, mas também com aqueles encaminhados de outras áreas.
Pizarro também mencionou que em alguns casos há desconforto para os utentes e sobrecarga para o sistema de emergência pré-hospitalar, que precisa de transportar pessoas para distâncias maiores. Apesar dos desafios, o ministro afirmou que o SNS continua a oferecer uma resposta completa aos portugueses, atendendo entre 15 a 20 mil utentes por dia nas urgências, apesar das restrições impostas devido à falta de médicos. A Direção Executiva do SNS reconheceu que o sistema está a atravessar um “período crítico” e a reorganização das urgências foi necessária devido à falta de médicos disponíveis para trabalho extraordinário.