O Mundial de Fórmula 1 volta aos Estados Unidos para uma corrida noturna nas ruas de Las Vegas – período de maior audiência nos EUA e madrugada em Portugal (06h00, Sport TV4). Vai ser um espetáculo único de velocidade, luz e emoção que confirma o slogan “O que acontece em Las Vegas, fica em Las Vegas”.
Este fim de semana, os pilotos vão dividir as atenções com as celebridades e muitos VIPs que vão andar pelo paddock. A Liberty Media quer ter a melhor corrida de sempre e gastou 560 milhões de dólares no evento que vai continuar no calendário até 2032, e onde espera ter 1.300 milhões de dólares de retorno. Os donos do campeonato compraram terrenos num total de 16 hectares e construíram boxes e paddock permanentes só a pensar na Fórmula 1.
O circuito tem 6,2 quilómetros, 17 curvas, e a velocidade máxima estimada em simulador é de 342 km/h. O traçado com longas retas e curvas lentas, inclui um setor de dois quilómetros pela icónica avenida Strip. Os pilotos vão passar em frente aos mais famosos hotéis e casino de Las Vegas, como o Caesars Palace, Mirage, Bellagio e MGM Grand. Tem muito de espetacular ao contrário da primeira passagem da Fórmula 1 por Las Vegas, no início dos anos 80, com a prova a ser disputada no parque de estacionamento do Caesars Palace Hotel.
O programa começou na quarta-feira com a espetacular inauguração do circuito, uma cerimónia com música e fogo de artifício, a que se juntaram os 20 pilotos. Uma apresentação que desagradou ao tricampeão do mundo “algumas pessoas gostam de show, eu não gosto, parecemos uns palhaços», disse Max Verstappen, que adiantou: “99% é show e 1% desporto. Não tenho muitas emoções, só quero focar-me na performance. A pista não é muito interessante, e só quero fazer o melhor que posso”.
A corrida de Las Vegas vai ser um espetáculo único e caro. A proposta mais louca é o Pack Emperador posto à venda pelo Caesars Palace por cinco milhões de dólares para 12 pessoas. Inclui estadia de cinco noites no Nobu Sky Villa e serviços de luxo, nomeadamente o menu especial elaborado pelo famoso chef Nobuyuki Matsuhisa, que conquistou o mundo gastronómico. A mansão mais espetacular tem 900 m2, e inclui um terraço sobre a pista com 450 m2.
Voltando à realidade, o preço dos bilhetes varia entre os 500 e os 22.000 dólares do Paddock Club, é cinco vezes mais caro do que nas restantes provas do Mundial, ao passo que o bilhete mais barato para todo o fim de semana custa 3.000 dólares.
Os Estados Unidos são únicos em muitas coisas, agora é a palavra paddock, zona onde ficam instaladas as equipas, que foi substituída por pit building. A razão é simples: há seis anos o americano Stephen Paddock foi responsável pelo atentado que matou 60 pessoas, a partir daí a palavra Paddock ficou com uma conotação infeliz e foi eliminada do Grande Prémio para não desrespeitar ou ferir os sentimentos dos familiares das vítimas.