Esta sexta-feira, em comunicado, a Ordem dos Médicos alertou para a importância de se reforçar a deteção precoce de eventuais casos suspeitos de legionella, sendo que as condições climatéricas atuais potenciam o aparecimento de casos esporádicos e surtos.
O alerta surge após o aparecimento, nos últimos dias, de surtos de legionella no norte do país, nomeadamente, em Caminha, distrito de Viana do Castelo, e Matosinhos, Porto.
Em comunicado, a Ordem mostra-se disponível para face esses surtos, apoiar as autoridades de saúde e contribuir para o esclarecimento das populações.
A instituição explica que a bactéria não constitui necessariamente um risco de doença, embora motive a avaliação de risco, e faz parte das atividades de monitorização e vigilância das unidades de saúde pública.
No comunicado, a ordem dos médicos explicita o que é e como se propaga a “doença dos legionários”, ou seja, enuncia que a doença se caracteriza por uma pneumonia, provocada pela bactéria ‘Legionella pneumophila’, com o aparecimento de sintomas como febre, mal-estar geral, dores de cabeça, dores musculares, tosse não produtiva e diarreia.
Acrescenta também que é uma bactéria que afeta, mais frequentemente, os adultos, especialmente fumadores ou ex-fumadores, doentes portadores de doenças crónicas (diabetes, doenças pulmonares, renais, imunológicas ou neoplásicas), e que pode ser fatal (cerca de 10% dos casos).
A Ordem lembra ainda que a doença se transmite por via respiratória, por inalação de aerossóis de água contaminada.