SNS quer alargar vacinação às farmácias

Fernando Araújo defendeu a importância de aproveitar esta “máquina instalada” nas farmácias para alargar a outras vacinas do Programa Nacional de Vacinação (PNV), nomeadamente da vacina do tétano e da difteria

A Direção Executiva do SNS pretende alargar a vacinação contra o tétano e a difteria em adultos às farmácias comunitárias, para aumentar a cobertura da população. 

Depois da vacinação contra a covid-19 e a gripe, em que foram já administradas mais de 3,3 milhões de vacinas, o diretor executivo do SNS defendeu a importância de aproveitar esta “máquina instalada” nas farmácias para alargar a outras vacinas do Programa Nacional de Vacinação (PNV), nomeadamente da vacina do tétano e da difteria.

“Há capacidade, há disponibilidade e acho que é uma via importante para aumentar essa adesão neste tipo de vacinas”, afirmou Fernando Araújo, citando dados dos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS), segundos os quais terão sido vacinados cerca de meio milhão de utentes com estas vacinas.

Fernando Araújo falava na Conferência “As Farmácias na Jornada da Saúde das pessoas”, promovida pela Associação Nacional das Farmácias (ANF), que apresentou o Livro Branco das Farmácias Portugueses, em Lisboa, adiantando que irá trabalhar com a DGS, do ponto de vista técnico e das normas, com o Infarmed, para regulamentação, com a Ordem dos Farmacêuticos e com as farmácias, para analisar a forma de o fazer.

“Mas temos todas as condições de também, no âmbito do PNV, no caso dos adultos, aumentar os locais de vacinação”, defendeu, salvaguardando que “os cuidados de saúde primários continuam a ser sempre um local aberto para esse fim”. 

No caso da vacinação, afirmou, “não se podem perder oportunidades”, uma vez que “quando um utente se desloca a uma consulta do médico de família ou vai ao enfermeiro de família, por alguma razão, temos sempre que avaliar se o plano de vacinação está ou não a ser cumprido” e, se não tiver, “oferecer essa resposta”. Fernando Araújo argumentou que com o alargamento desta possibilidade às mais de 3.000 farmácias cria-se uma “capacidade única de chegar a quem por vezes” não se consegue chegar.