A Zero, uma associação ambientalista, defendeu, esta terça-feira, que na ‘Black Friday’ sejam plantadas árvores e arbustos, em alternativa ao consumo excessivo, promovendo a adoção de práticas sustentáveis de modo a minimizar os impactos da crise climática.
A iniciativa visa aumentar a consciencialização para os perigos do consumismo, nomeadamente o consumo por impulso e o desperdício, que, de acordo com a Zero, estão na base da economia assente na utilização ilimitada de recursos naturais, que colocam assim em causa a sustentabilidade ambiental.
A associação ambientalista sugere então que, de modo a diminuir estes problemas e em antecipação ao Dia da Floresta Autóctone (23 de novembro), se incentive a plantação de árvores e arbustos autóctones, estes originários do território português, numa área da Mata Nacional de Leiria, afetada pelos incêndios de 2017, numa campanha que terminará a 6 de janeiro.
A Zero afirma que através da plantação de espécies bioindicadoras dos habitats e de plantas como a aroeira Pistacia lentiscus), o sanguinho (Rhamnus alaternus), o folhado (Viburnum tinus) e o aderno-de-folhas-estreitas (Phillyrea angustifolia), será possível restaurar dois habitats naturais de conservação prioritária, o zimbral dunar e o faial-medronhal.
A plantação deve estar aliada a boas práticas sustentáveis e uma mudança de estilo de vida, explica a Zero que alerta para uma alteração nos padrões de consumo, apelando à reflexão antes de qualquer compra, bem como à responsabilidade individual de resistir à promoção de artigos.
Sugere a compra de produtos locais, em segunda mão e com certificações, por exemplo com o rótulo ecológico europeu, e a reparação de equipamentos eletrónicos danificados, de modo a garantir a sua durabilidade e sustentabilidade.