25 mulheres assassinadas desde o início do ano em Portugal

Nos femicídios registados, todos cometidos por homens e parceiros íntimos (atuais ou passados) das mulheres assassinadas, “em pelo menos 12 existia violência prévia”, dos quais em 11 havia conhecimento por terceiras pessoas (família, amigos, colegas ou autoridades).

Desde o início do ano e até 15 de novembro foram assassinadas 25 mulheres em Portugal. Dados preliminares do Observatório das Mulheres Assassinadas (OMA) da União de Mulheres Alternativa e Resposta (UMAR), revelados esta quarta-feira, apontam ainda que destes, 15 foram femicídios. 

“Em 2023, entre 1 de janeiro e 15 de novembro, foram assassinadas 25 mulheres. Destas 25 mulheres, em 15 temos notícia e informação suficiente para classificar estes assassinatos como femicídios. Quinze mulheres foram assassinadas num contexto de relação de intimidade, atual ou prévia, e este foi o motivo pelo qual o crime aconteceu”, disse uma responsável do OMA.

Cátia Pontedeira explicou também que nalguns casos existia violência anterior aos femicídios – homicídios em que existe violência de género – que ocorre por haver “um diferencial de poder entre homens e mulheres” herdado “da sociedade patriarcal”. 

A responsável ressalvou ainda que “podem ser mais as mortes por motivos de violência de género e nós não termos essa informação a partir das notícias”, a fonte de informação para a  elaboração do documento apresentado na Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade do Porto (FPCEUP).

Nos femicídios registados, todos cometidos por homens e parceiros íntimos (atuais ou passados) das mulheres assassinadas, “em pelo menos 12 existia violência prévia”, dos quais em 11 havia conhecimento por terceiras pessoas (família, amigos, colegas ou autoridades).