O presidente do Comité Olímpico de Portugal (COP) assumiu esta quarta-feira que o número de atletas apurados para Paris2024 está “ligeiramente abaixo do que era estimável”. José Manuel Constantino diz ainda estar apreensivo por a missão portuguesa ter “uma elite muito pequena”.
“Por um lado, temos tido, neste percurso até aos Jogos, um conjunto de sinais muito positivos do ponto de vista dos resultados desportivos. Nós tivemos, no ano anterior, em modalidades olímpicas, cinco campeões do mundo. Não é brincadeira”, afirmou o presidente do COP.
“Mas”, acrescentou Constantino, “ao mesmo tempo, o meu receio é sempre o mesmo: nós temos uma elite muito curta, muito pequena. Basta que aconteça qualquer coisa a este ou aquele atleta e lá se vão os resultados que eram expectáveis e não conseguem ser concretizados”.
José Manuel Constantino falava sobre as suas expetativas para os próximos Jogos Olímpicos, depois de distinguido com o doutoramento ‘Honoris Causa’ pela Universidade de Lisboa. “Neste momento, a principal preocupação do COP é ter uma base mais confortável de atletas apurados [tem 21 quotas garantidas]. Essa é a nossa maior preocupação, porque, nesta altura, estamos ligeiramente abaixo do que era estimável. Resolvido esse problema, temos naturalmente depois de tratar da elite dos resultados”, reconheceu.
O presidente do COP gostaria que nas modalidades – como o tiro com armas de caça, a canoagem ou o ciclismo – em que tem havido “resultados de topo” – Portugal consiga confirmar essas performances em Paris2024.