Lucro de Crédito Agrícola foi de 224,4 milhões de euros até setembro

“O grupo Crédito Agrícola manteve o seu apoio às necessidades de financiamento das famílias, empresas e outras instituições públicas e privadas, tendo, no entanto, assegurado um maior nível de precaução no custo do risco de crédito”.

O Crédito Agrícola lucrou 224,4 milhões de euros até setembro, um crescimento homólogo de 130,6 milhões de euros, “influenciado essencialmente pelo crescimento do produto bancário, e conduzindo a uma rentabilidade de capitais próprios de 13,9%”.

O produto bancário core fixou-se em 715,3 milhões de euros, representando um aumento homólogo de 60,2% (+268,9 milhões de euros), decorrente do acréscimo da margem financeira de 293,2 milhões de euros (+120% face aos nove meses de 2022) para 537,5 milhões de euros nos nove primeiros meses do ano.

A carteira de crédito a clientes (bruto) verificou um crescimento de 18 milhões de euros face a dezembro de 2022, para 12 mil milhões de euros, impulsionando uma melhoria homóloga da quota de mercado do Crédito Agrícola de 0,14 p.p. para 5,74%.

Os depósitos de clientes ascenderam a 19.889 milhões de euros no final de setembro de 2023, o que compara com 19.787 milhões de euros em junho de 2023. A quota de mercado do Crédito Agrícola atingia em setembro de 2023 o valor de 8,06%, um acréscimo de 0,09 p.p. face ao período homólogo.

De acordo com Licinio Pina, Presidente do Grupo Crédito Agrícola, “no terceiro trimestre, a performance financeira do grupo Crédito Agrícola manteve-se robusta, beneficiando de um contexto de taxas de juro positivas e da atualização mais rápida de taxas na carteira de crédito e ativos financeiros versus a remuneração de depósitos de clientes, que continuou a aumentar, tendência que se espera continuar a observar e que contribuirá para a reversão dos níveis de rentabilidade mais elevada do setor”.

E acrescenta: “O grupo Crédito Agrícola manteve o seu apoio às necessidades de financiamento das famílias, empresas e outras instituições públicas e privadas, tendo, no entanto, assegurado um maior nível de precaução no custo do risco de crédito ao longo do atual exercício e que espera manter face às expectativas de taxas de juro mais altas e maior dificuldade no serviço de dívida dos agentes económicos num cenário de abrandamento do crescimento económico”.

O banco recorda que “manteve ainda o seu apoio aos colaboradores e regiões em que desenvolve a sua atividade, antecipando o aumento salarial antes mesmo de terem sido encerradas as negociações com os sindicatos do setor, e mesmo após o terminus destas, assumindo o compromisso de fixar em 4,6%, acima do valor estabelecido pelo ACT do setor bancário, o aumento total das tabelas salariais e cláusulas de expressão pecuniária para o ano de 2023”.