O Governo e as principais associações representativas do setor táxi, assinaram, esta terça-feira, uma convenção de preços que, a partir de janeiro, prevê já um aumento de 4% nas tarifas dos táxis.
As empresas que assinaram esta nova convenção de preços – que já não era atualizada desde junho do ano passado, altura em que se registou um aumento de 8,05% – foram a Direção-Geral das Atividades Económicas, a Associação Nacional de Transportadores Rodoviários em Automóveis Ligeiros (ANTRAL) e a Federação Portuguesa do Táxi.
Ficou estabelecido que haverá, a partir de janeiro de 2024, um aumento de 4,6% no valor das tarifas dos táxis.
O presidente da ATRAL, Florêncio Almeida, explicou, em declarações à Lusa, que este aumento é “muito curto”, tendo em consideração as quebras que se têm registado no setor, e apelou a um aumento de pelo menos 8%.
“Negociou-se uma [convenção de preços] que entrou em vigor em junho do ano passado e, como vê, só passado ano e meio é que vai entrar outra em vigor. Os táxis nos últimos 10 anos estão a perder de rentabilidade 13%. O mais justo seria cerca de 8%”, defendeu.
O aumento que se prevê, de 4,6%, segundo o presidente da ATRAL, “não vai cobrir nem de perto nem de longe o aumento do ordenado mínimo nacional do ano passado nem deste”, gerando até uma “perda de receitas”.
Este mês entrou em vigor o novo regime jurídico do táxi que prevê a agregação de municípios para se acabar com a tarifa de retorno e tornar as viagens mais baratas, flexibilizar os contingentes e apostar na digitalização.