O ex-secretário de Estado da Juventude e do Desporto João Paulo Rebelo é, segundo o Observador, um dos suspeitos na investigação que está na base das várias buscas realizadas, esta terça-feira, pela Polícia Judiciária em Lisboa e Viseu.
O antigo governante não terá sido ainda constituído arguido.
A Polícia Judiciária, no âmbito da investigação, procedeu a diligências no Instituto Português do Desporto e da Juventude (IPDJ), na Cruz Vermelha, no Centro Hospitalar Tondela-Viseu (CHTV) e no Instituto Ricardo Jorge, além de casas e empresas, segundo uma nota do Ministério Público.
As buscas “visam a obtenção de prova relacionada com factos suscetíveis de constituir crimes de participação económica em negócio e de abuso de poderes, por titular de cargo político, bem como de usurpação de funções”.
Em causa, segundo a nota do MP, estará um contrato público, feito através de ajuste direto, ao abrigo do “Projeto PRID – Programa de Reabilitação de Infraestruturas Desportivas”, para aquisição de serviços de engenharia, “com pessoa sem habilitação legal para a prática de atos decorrentes daquela profissão, e, noutra parte, em suspeitas de favorecimento de contratação pública respeitante a análises de testes do vírus SARS-COV-2”.
A participar nas buscas estão inspetores e peritos da Polícia Judiciária, um representante da Ordem dos Médicos, cinco especialistas do Núcleo de Assessoria Técnica da Procuradoria-Geral da República, cinco magistrados do Ministério Público e dois Juízes de Instrução Criminal.