Batalha contra GEE exige cooperação entre China e EUA

A China é atualmente o maior emissor mundial de GEE, mas, se forem tidas em conta as emissões cumulativas dos países ao longo do tempo, fica em segundo lugar, atrás dos EUA.

O enviado norte-americano à 28.ª Conferência do Clima (COP28) disse esta quarta-feira que EUA e China tencionam continuar a cooperar para reduzir as emissões de gases com efeito de estufa (GEE). Os dois países são responsáveis por 40% destas. 

“Nós somos os segundos, eles (os chineses) são os primeiros” emissores mundiais desses gases e “sem uma ação agressiva da China e dos Estados Unidos para reduzir as emissões, não venceremos esta batalha”, afirmou John Kerry.

Em conferência de imprensa no Dubai, onde a reunião decorrerá entre amanhã e 12 de dezembro, Kerry mencionou a sua última reunião, no início de novembro, com o homólogo chinês, Xie Zhenhua, para revelar a decisão de “trabalhar em conjunto para o êxito desta COP (Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas)”.

Segundo o enviado norte-americano à COP 28, que instou os dois países “a acelerar” a sua ação para limitar o aquecimento global a 1,5 graus Celsius em relação aos níveis da era pré-industrial, como prevê o acordo de Paris de 2015, as conversações “prosseguirão nos próximos dias no Dubai”.

A China é atualmente o maior emissor mundial de GEE, mas, se forem tidas em conta as emissões cumulativas dos países ao longo do tempo, fica em segundo lugar, atrás dos EUA.

Após meses de conversações discretas, os dois países divulgaram em novembro um comunicado conjunto sobre o clima, no qual definiram vários eixos de coordenação, nomeadamente sobre o metano, o segundo gás com efeito de estufa, a seguir ao dióxido de carbono (CO2).