À margem da inauguração do Centro de Engenharia de Segurança (GSEC), em Málaga, a Google anunciou, esta quarta-feira, um compromisso de 10 milhões de dólares (9,13 milhões de euros) para formar estudantes em cibersegurança na Europa.
Kent Walker, o presidente dos assuntos globais da tecnologia, apontou que os ciberataques aumentaram, a nível mundial, cerca de 38%, em 2022, e as novas tecnologias como a inteligência artificial (IA), trazem consigo “ameaças cada vez mais sofisticadas”, sendo que é necessário “trabalhar juntos à escala internacional”.
Outro dado apresentado por Walker é que a Europa apresenta uma escassez de talento na área da segurança digital, que, no passado, se converteu numa falta de 500 mil profissionais.
Assim, o presidente dos assuntos globais da tecnológica anunciou que vai avançar com um programa, por intermediário da Google.org, que procura melhorar a formação europeia em cibersegurança.
O convite foi feito precisamente para as universidades europeias, para que apresentem uma candidatura para acolher um seminário sobre cibersegurança, no qual serão selecionados oito países, que receberão um financiamento de até um milhão de dólares.
Além de apoio financeiro, também beneficiarão da orientação educacional e de recursos proporcionados pela Iniciativa Europeia de Investigação sobre Ciberconflitos (ECCRI), que irá elaborar um plano de estudos e receberá outros dois milhões de dólares.
É esperado que participem, no total, mais de 1.600 estudantes, que devem pôr em prática os conhecimentos adquiridos durante o seminário auxiliando um total de 3.200 organizações locais a proteger-se contra possíveis ataques.
“Deveríamos ter a liberdade de utilizar a tecnologia sem medo que a nossa informação acabe em mãos erradas”, salientou o director da segurança informática da Google Cloud, Phil Venables.