Liga Contra o Cancro angariou mais de 1,6 milhões de euros

“Mais uma vez a população portuguesa voltou a ser generosa para com a causa, solidária para com a causa, e isso é sempre de enaltecer” considerou o presidente da Liga Portuguesa Contra o Cancro, Fernando Cavaleiro Ferreira.  

A Liga Portuguesa Contra o Cancro (LPCC), no peditório do ano de 2023, angariou mais de 1,6 milhões de euros, valor que superou o do ano passado. Participaram, na recolha de fundos, mais de 20 mil voluntários.

O presidente da LPCC, Fernando Cavaleiro Ferreira, explicou, em declarações à agência Lusa, que o aumento no valor deste ano – onde se angariam 1.633.944 euros – é de 3%, acrescentando que este “acréscimo de 3%” é algo que “alegra muito” a liga.

“Mais uma vez a população portuguesa voltou a ser generosa para com a causa, solidária para com a causa, e isso é sempre de enaltecer”, afirmou, manifestando a satisfação da LPCC com a solidariedade de quem contribuiu, em novembro, para o peditório.

O responsável sublinhou também que o sucesso desta iniciativa “vai repercutir-se na vida das pessoas” apoiadas pela instituição.

No peditório do ano passado, a LPCC tinha angariado 1.590.856, valor que se converteu em em 11.988 consultas e no acompanhamento de 1810 doentes, no âmbito do programa de consultas de psico-oncologia.

A liga explica ainda que o montante angariado no ano passado, nesta iniciativa, permitiu também a realização de 8931 consultas de diagnóstico da precoce de cancro de pele e de lesões da cavidade oral, bem como o seguimento de 4804 doentes em centros de dia e o acolhimento de mais de uma centena e meia em lares da instituição.

Francisco Cavaleiro Ferreira realçou importância do trabalho dos voluntários para a LPCC, não apenas aqueles que fizeram parte do peditório anual, mas também aqueles, mais de 3300 que, por ano, cumprem 679 mil horas de voluntariado.

Entre estes estão os que fazem voluntariado comunitário: “São aquelas pessoas que estão mais no interior e, mesmo aqui, nas grandes capitais, mais próximas das pessoas. E aí precisamos, de facto, de pessoas”, sublinhou o responsável.

Francisco Cavaleiro Ferreira explicou ainda que a LPCC está a alargar a sua presença nos hospitais: “Cada vez mais nós estamos em mais hospitais e estamos em vários hospitais do interior, que era coisa que não acontecia aqui há uns anos, e, portanto, o voluntariado hospitalar também precisa de mais pessoas”.

“Não vou dizer que é uma coisa que não tem fim, mas ainda estamos longe de suprir todas as necessidades dos doentes oncológicos, até porque, quando o Estado não o consegue fazer, nós entramos e, infelizmente, o Estado não consegue fazer como gostaríamos”, concluiu.