Narges Mohammadi, ativista iraniana que se encontra presa no irão, apelou, este domingo, ao receber o Prémio Nobel da Paz na Câmara Municipal de Oslo, através dos filhos, ajuda à comunidade internacional para que ajude a colocar um ponto final ao regime de opressão iraniano.
“Os jovens iranianos transformaram hoje as ruas e os espaços públicos num cenário de resistência civil generalizada”, disse Mohammadi, num discurso lido pelos filhos.
O discurso, escrito pela própria a partir da prisão de Evin, no Teerão, foi lido em Oslo por Kiana e Ali Rahmani, os seus filhos gémeos, de 17 anos, que se encontram exilados em França, desde 2015.
“Sou uma mulher do Médio Oriente, de uma região que, apesar de ser herdeira de uma civilização rica, está atualmente presa na guerra e nas chamas do terrorismo e do extremismo”, afirmou. “Sou uma mulher iraniana que tem orgulho e honra em contribuir para esta civilização, uma mulher que hoje é vítima da opressão de um regime religioso tirânico e misógino”.
Com 51 anos, Narges Mohammadi foi galardoada com o Prémio Nobel da Paz de 2023 pela sua dedicação ao ativismo.