Portugal entre os países da OCDE nos quais a idade de reforma mais vai subir

Há sete países com subidas mais acentuadas, numa lista encimada pela Dinamarca (em que aquela idade passará de 67 para 74 anos), seguida de Itália (de 65 para 71 anos) ou da Estónia (64,3 para 71 anos)

A média de idade de acesso à reforma em Portugal deverá subir para os 68 anos em 2060. A previsão significa um dos maiores aumentos entre os vários países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE).

No seu relatório “Pensions at a glance 2023”, divulgado esta quarta-feira, a OCDE, com base no quadro legislativo em vigor nos diversos países que a integram, aponta que a média de idade de acesso à reforma normal deverá aumentar em dois anos até à década de 2060, para os 66,3 anos.

“No futuro, e tendo em conta as medidas já legisladas, a média da idade normal de reforma na OCDE aumentará dois anos, para 66,3 anos, para um homem que entre no mercado de trabalho em 2022”, lê-se o refere o documento.

A organização salienta que haverá uma subida em 20 dos 38 países da OCDE. Em mais três países a idade normal de reforma aumentará apenas para as mulheres.

Em Portugal e em outros países onde a idade de acesso à reforma está indexada à esperança média de vida, a subida será mais acentuada do que aquela média. O estudo estima que, para quem tenha entrado no mercado de trabalho português em 2022, passe dos atuais 65,6 anos para os 68 anos na década de 2060.

Há sete países com subidas mais acentuadas, numa lista encabeçada pela Dinamarca (em que aquela idade passará de 67 para 74 anos), seguida de Itália (de 65 para 71 anos) ou da Estónia (64,3 para 71 anos).

Estas estimativas tiveram em conta os vários regimes de acesso à pensão normal, ou seja, considerando situações sem penalizações e uma carreira contributiva completa a partir dos 22 anos de idade.