De modo a alertar para a necessidade de alteração da tabela salarial na Polícia de Segurança Pública (PSP) e exigir um suplemento igual aos inspetores da Polícia Judiciária (PJ), a Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP) vai realizar, esta sexta-feira, um plenário nos aeroportos de Lisboa, Porto e Faro.
No aeroporto de Lisboa, os plenários vão acontecer entre as 07h00 e as 11h00 e nos aeroportos do Porto e Faro, entre as 09h00 e as 13h00.
A associação sindical sugeriu aos agentes da polícia, para ter uma maior adesão a estas iniciativas, para que submetam o requerimento que permite a dispensa de 15 horas anuais para assistir a reuniões e plenários.
Paulo Santos, líder sindical, explicou, em declarações à agência Lusa, que “o desafio que lançou” aos agentes da PSP, “está a ter uma grande adesão”, acrescentando que é também uma forma de contestação e de causar “constrangimentos aos serviços” no aeroporto.
O presidente da associação realçou a importância dos plenários, que têm como principal objetivo “alertar para a necessidade de retificar a tabela salarial da PSP e também os suplementos remuneratórios”, para que fiquem iguais aos do ex- Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) e “aquilo que é a realidade hoje da Polícia Judiciária”.
Nos plenários que irão decorrer nos aeroportos, de norte a sul, será também feito, segundo Paulo Santos, um levantamento junto dos polícias que estão a trabalhar nas fronteiras aéreas sobre condições de trabalho nas novas missões.
“Queremos um suplemento de turno, piquete e prevenção tal e qual como é atribuída na PJ”, reivindicou o dirigente da ASPP, dando conta de que os plenários vão contar com a presença de outros sindicatos da PSP, designadamente o Sindicato Nacional da Polícia e Sindicato Independente de Agentes de Polícia.
Paulo Santos acrescentou que, além da necessidade de alterar a tabela remuneratória em vigor e fazer uma atualização dos suplementos, os polícias que trabalham nas fronteiras exigem a criação de um suplemento aeroportuário.
A ASPP frisa ainda que os polícias da PSP “não estão a saldo e a sua competência, disponibilidade, formação e trabalho não são low cost”.