Infarmed avisa que pode haver rutura de fármacos para hiperatividade e défice de atenção

A Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde apela a uma “gestão criteriosa dos stocks disponíveis”.

A Autoridade Nacional do Medicamento, Infarmed, alertou, esta terça-feira, para a eventuais constrangimentos no abastecimento de medicamentos para o tratamento da perturbação de hiperatividade e défice de atenção, pedido aos profissionais de saúde e distribuidores para fazerem “uma gestão criteriosa” dos stocks disponíveis

Numa circular informativa, publicada no site da Infarmed, lê-se que: “Alguns medicamentos destinados ao tratamento da perturbação de hiperatividade e défice de atenção (metilfenidato, atomoxetina, dimesilato de lisdexanfetamina) apresentam constrangimentos no seu abastecimento devido ao aumento da procura”

De modo a garantir a disponibilidade destes medicamentos, a Autoridade Nacional do Medicamento defende ser “fundamental que os médicos, farmacêuticos e distribuidores façam uma gestão criteriosa de stocks disponíveis.

A Infarmed apela ainda aos doentes para que apenas adquiram as medicamentos quando necessário, para que as pequenas quantidades existentes possam ser distribuídas por todos os que delas necessitam.

A entidade tem vindo a monitorizar o abastecimento do mercado, junto dos titulares de autorização de introdução no mercado, e certifica que “a existência de ruturas de abastecimento de alguns medicamentos, nomeadamente em algumas dosagens de medicamentos”, mais especificamente nos medicamentos com substância ativa Atomoxetina, nas cápsulas 40 miligramas e 60 miligramas, e com a Metilfenidato, nomeadamente no comprimido 10 mg e nos comprimidos de libertação prolongada.

Na nota, o Infarmed alerta os prescritores que, para os novos tratamentos, devem ser considerados, sempre que possível, os medicamentos disponíveis.

Para os tratamentos em curso, deverão ser consideradas as alternativas que se encontram disponíveis.

“Os medicamentos com constrangimentos no abastecimento deverão ser reservados para aqueles doentes em que seja difícil a sua substituição”, salienta o Infarmed.