Foi aprovado, esta terça-feira, pela comissão parlamentar de Negócios Estrangeiros da Turquia, o pedido de adesão da Suécia à Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), estando um passo mais próxima de se tornar membro efetivo da aliança.
A Turquia e a Hungria são os únicos membros, da Aliança Atlântica, a bloquear a adesão da Suécia à NATO, através de sucessivas exigências.
Hoje a comissão de Negócios Estrangeiros da Assembleia Nacional turca retomou a sua análise do tema que acabou, mais tarde, por ser aprovado.
O protocolo de adesão da Suécia, país anteriormente não-alinhado, vai ter de ser aprovado numa sessão plenária do Parlamento, que ainda não tem data marcada.
A Turquia, um dos membros da NATO, adiou a ratificação do pedido de adesão da Suécia, durante mais de um ano, defendendo que a o país do norte da Europa é demasiado permissivo em relação a grupos que Anacara assume serem ameaças á sua segurança, nomeadamente, militantes curdos e membros de uma rede que a Turquia responsabiliza pelo golpe de Estado falhado em 2016.
Depois de várias negociações entre o Presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, e os chefes de Estado de vários países da Aliança, nomeadamente com Joe Biden, Presidente dos Estados Unidos da América, o processo de adesão da suécia encontra-se agora nas fases finais.
A Suécia apresentou o seu pedido de adesão, ao mesmo tempo que a Finlândia, após o inicio da invasão russa da Ucrânia, em fevereiro de 2022. Entretanto, a Finlândia acabou por ser aceite na Aliança e abril, tornando-se o 31º membro da NATO.
A NATO exige a aprovação unânime de todos os membros existentes para se expandir, e a Turquia e a Hungria são os únicos países que têm resistido.
A Hungria bloqueou a candidatura da Suécia, alegando que os políticos suecos disseram “mentiras flagrantes” sobre o estado da democracia húngara.
Os atrasos têm frustrado outros aliados da NATO que aceitaram rapidamente a Suécia e a Finlândia na aliança.
