O ministro da Defesa da Índia reafirmou esta terça-feira ter ordenado o envio de vários contratorpedeiros da Marinha indiana para o Mar Arábico. A decisão surge na sequência de um navio do país mercante ter sido supostamente atacado pelo Irão.
Rajnath Singh referiu que, “durante muito tempo”, a Índia apenas prestou atenção às ameaças terrestres nas suas fronteiras ocidental e setentrional, com o Paquistão e a China como vizinhos, negligenciando os desafios marítimos.
“Hoje, a Marinha recebe a mesma atenção que o resto das forças armadas indianas”, afirmou o ministro da Defesa durante a entrada em serviço de um navio militar, um contratorpedeiro capaz de lançar mísseis supersónicos ‘BrahMos’.
A declaração de Rajnath Singh surge um dia depois da Índia ter anunciado o destacamento de vários ‘destroyers’ (contratorpedeiros) para o Mar Arábico para manter uma “presença dissuasora” na zona onde um navio comercial foi sábado vítima de um ataque alegadamente lançado por um ‘drone’.
O “MV Chem Pluto”, um navio presumivelmente afiliado a Israel com 21 trabalhadores indianos a bordo e um vietnamita, foi atacado no dia 23 de dezembro, provocando um incêndio que foi controlado pela tripulação e não causou vítimas
Embora a Índia não tenha comentado a responsabilidade pelo ataque, os EUA afirmaram que o navio-tanque de produtos químicos foi atacado no sábado no Oceano Índico por um ‘drone’ aparentemente proveniente do Irão.
Nos últimos dois meses e meio, os rebeldes Huthis, apoiados pelo Irão e que controlam a maior parte do Iémen, anunciaram que iriam atacar os navios com bandeira do Estado israelita, pertencentes a empresas israelitas ou com destino a Israel.
Estas manobras e ameaças dos rebeldes iemenitas levaram as principais companhias de navegação a suspender as operações nesta importante via marítima.