Os dados do sistema de informação de mortalidade (SICO), em Portugal, apontam um pico de mortalidade desde o fim de semana passado, sendo que, o dia de Natal deste ano, foi aquele em que mais pessoas morreram nos últimos dez anos.
De acordo com o SICO, que tem por base o registo eletrónico de certificados de óbito, no dia de Natal morreram 440 pessoas, um número que nunca foi atingido, a 25 de dezembro, nos últimos 10 anos.
Outro dado relevante, que consta do site da SICO, indica que, nos últimos sete dias, registaram-se 325 óbitos em excesso – ou seja, a mortalidade está “muito acima do esperado” pelas autoridades para aquele dia.
Apesar das autoridades considerarem que há excesso de mortalidade, face ao esperado, desde o dia de Natal, também o dia 24 de dezembro apresenta um elevado número de óbitos, tendo morrido 415 pessoas, o número mais elevado dos últimos sete anos.
Os dados de mortalidade geral em Portugal apresentam uma subida a partir do dia 24 de dezembro, tendo o excesso de mortalidade, se mantido elevado depois do Natal, ficando 26% acima do esperado a 26 de dezembro, dia em que morreram 470 pessoas. Já no dia 27, também se manteve um excesso, de 21,1%, na mortalidade, com 449 óbitos.
O Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), considera que a incidência da gripe apresentou uma tendência crescente na semana de 18 a 24 de dezembro, tendo sido identificados 910 casos positivos, 837 dos quais tipo A.
Estes casos têm causado uma elevada afluência de utentes às urgências, sobretudo na região de Lisboa.