Ministro da Saúde pede prudência na análise de dados da mortalidade

Manuel Pizarro admitiu que o aumento da mortalidade é “mais um elemento de preocupação”.

O ministro da Saúde, Manuel Pizarro, reconheceu, esta sexta-feira, que o aumento da mortalidade, no decorrer da semana, é “mais um elemento de preocupação”, contudo, advertiu que estes dados devem ser analisados com prudência e estudados no seu conjunto.

Manuel Pizarro encontrava-se na cerimónia dos 100 anos do IPO Lisboa quando foi interrogado, pelos jornalistas, se este aumento de mortalidade pode, de alguma forma, estar relacionado com a pressão que tem estado sujeito o Serviço Nacional de Saúde (SNS).

Para o ministro da tutela, estes dados têm que ser analisados de forma “muito prudente”, sendo que “nas curvas de mortalidade, nós não podemos analisar dias isolados, temos de ver o seu conjunto”.

Apesar de tudo, o ministro reconhece que é “naturalmente, mais um elemento de preocupação”, mas que os números devem ser analisados com “prudência quando todos os dados tiverem reunidos

Os dados, mencionados por Manuel Pizarro, dizem respeito à informação revelada pelo Sistema de Informação dos Certificados de óbito, (SICO) que avança que, durante a última semana, houve um registo de excesso de mortalidade.

O governante apelou também à população elegível, para a vacinação contra a gripe e a covid-19, que se vacine caso ainda não o tenha feito.  

“Temos uma enorme cobertura vacinal, mas aqueles portugueses que têm indicação para se vacinarem contra a gripe e contra a COVID-19, que são todos os que têm mais de 60 anos de idade, e ainda não o fizeram, ainda vão a tempo de se dirigirem ao centro de saúde ou à farmácia para se vacinarem”, completa o ministro.

Segundo os últimos dados da Direção-Geral de Saúde, a cobertura vacinal contra a gripe nas pessoas com 60 ou mais anos é de 61,87%.