CEP defende compromisso dos partidos para com a situação política e social

A guerra na Ucrânia e o conflito entre Israel e a Palestina são outros dos temas abordados na mensagem da CEP, fazendo um apelo à esperança e à não resignação, com pedidos de paz.

A Conferência Episcopal Portugal (CEP) defendeu este sábado um compromisso claro dos partidos políticos para com a situação política e social do país, desafiando a que apresentem para as legislativas de março “propostas concretas e compreensíveis”.

“As eleições que se aproximam exigem propostas assertivas e conteúdos programáticos compreensíveis para que se possa, a nível nacional, discutir projetos e apresentar soluções. Só assim os cidadãos podem ser levados a optar pela adesão a projetos concretos e não a votar pela raiva ou desilusão ou, pior ainda, a não votar”, lê-se na mensagem de Ano Novo divulgada este sábado pela CEP.  

No próximo ano os eleitores serão chamados a votar nas eleições Legislativas, para o Parlamento Europeu e para a Região Autónoma dos Açores e é decisivo que o façam  entusiasmados com as diferentes propostas, depois de um 2023 de “abundante em crises políticas, sociais e económicas”.

Crises estas, com especial especial impacto nas áreas da saúde, educação e habitação, que agravaram as “condições de vida das famílias e a dificuldade de acesso a bens essenciais, alimentando a “falta de esperança”. 

A CEP sublinha que ninguém se deve excluir “do processo de escolha daqueles que julga mais capazes de administrar os recursos que são sempre escassos, em prol do bem comum, para garantir a igualdade de oportunidades e os direitos constitucionalmente consagrados”, sublinha a CEP, lembrando que em 2024 se assinalam os 50 anos do 25 de abril.

A guerra na Ucrânia e o conflito entre Israel e a Palestina são outros dos temas abordados na mensagem da CEP, fazendo um apelo à esperança e à não resignação, com pedidos de paz.

“O Papa Francisco tem afirmado, insistentemente, que a guerra é uma derrota para todos. Será possível que 2024 nos traga a paz? Esperamos que sim. E, esperamos ativamente atentos, a começar pela atitude de oração”, lê-se no comunicado. 

A nota da CEP, assinada por D. José Ornelas, salienta ainda o trabalho desenvolvido no ano que agora termina para divulgar o número de menores que foram vítimas em Portugal de abusos no seio da Igreja Católica e a mobilização dos  jovens para a realização da Jornada Mundial da Juventude.