AAliança Democrática (AD) que junta o PSD, o CDS e independentes, é o único projeto político estável, previsível, credível e com quadros de grande qualidade, que pode ser alternativa ao governo do PS de António Costa e de Pedro Nuno Santos. Em causa, nas eleições legislativas, não estará a escolha do mais fanático, mas sim daqueles que serão capazes de devolver rendimentos às famílias e às empresas, eficácia e humanismo ao SNS, qualidade à Educação, ter respostas nas políticas de Habitação e Transportes e dar credibilidade às instituições democráticas.
Se as reações ao anúncio da AD foram previsivelmente violentas em muitos quadrantes, as declarações de Pedro Nuno Santos a propósito, para lá da total ausência de sentido autocrítico, acabam por soar a realidade paralela.
Disse o secretário-geral do PS, que «a AD é um projeto do passado, com pessoas do passado e muito provavelmente com políticas do passado». Acontece que os portugueses têm memória. Se há coisa que não conseguirá, é transformar um dos principais rostos do atual desastre governativo, em novidade do que seja. Por muito que se queira convencer do contrário, em matéria política, Pedro Nuno Santos é que é do mais velho, penoso e traumático que há.
Foi Pedro Nuno Santos que a seu tempo disse: «Só há uma liderança que coloca Portugal acima de tudo, é José Sócrates e é o PS». Sabemos todos como esta história terminou. Mas nesse ciclo, Pedro Nuno Santos esteve com o governo que congelou as pensões mínimas, sociais e rurais dos mais pobres, foi cúmplice da bancarrota e marca da irresponsabilidade de quem apesar disso gritava que não se pagasse a dívida: «Ou os senhores se põem finos ou nós não pagamos» e «as pernas dos banqueiros alemães até tremem».
Mais tarde, com António Costa, para governar, perdendo, foi paladino da abertura das portas do poder aos extremismos do BE e do PCP, a que o PS de Mário Soares fora sempre fronteira e depois, como ministro, encarnou no ministério das Infraestruturas e do ambiente escândalos e casos que bem se podiam ter como paradigma de 15 substituições de governantes, em menos de 2 anos apenas.
Queira, ou não queira, de marcas suas ficam o inacreditável processo da TAP renacionalizada por capricho ideológico, sorvedouro de mais de 3,2 mil milhões de euros de recursos escassos dos contribuintes, indemnizações milionárias de meio milhão de euros decididas por SMS, esquecidas apesar dos números, a demissão da secretária de Estado relâmpago Alexandra Reis, a demissão de outro secretário de Estado que achou normal pedir o adiamento de um voo com centenas de passageiros, para agrado ao Presidente da República, a decisão em cima do joelho da construção de um aeroporto em Alcochete, sem questionar sequer o primeiro-ministro, apesar do custo de milhares de milhões de euros, e muito mais.
Parafraseando, este PS é um projeto do passado, com pessoas do passado e políticas do passado. Para balanço, acrescentaria somente os resultados trágicos do presente. Portugal tem de mudar de vida.