A Comissão Europeia (CE) considerou, esta quinta-feira, que a União Europeia (UE) pode vir a conseguir produzir um milhão de munições de artilharia já “na primavera”, mas assume, que alguns Estados-membros, podem não conseguir cumprir o compromisso assumido com a Ucrânia, até ao fim de março.
A porta-voz para o Mercado Interno, Johanna Bersel, na conferência de imprensa diária do executivo comunitário, esclareceu, que a produção da indústria europeia de defesa, “irá atingir na primavera a meta de capacidade de produção de um milhão de munições por ano”.
Contudo, Johanna Bersel admitiu não ter dados atualizados sobre o fornecimento de munições à Ucrânia pelos Estados-membros do bloco europeu.
Já Peter Stano, um porta-voz da UE para os Negócios Estrangeiros, avançou que, até finais de dezembro, os Estados-membros tinham enviado, para Kiev, “mais de 300 mil munições de artilharia e 3,300 mísseis” dos arsenais nacionais, havendo ainda “mais de 20 contratos-quadro” para a aquisição de 180 mil munições adicionais.
O porta-voz não se comprometeu com o cumprimento do objetivo, de um milhão de munições até ao fim de março. Objetivo este que o Alto Representante da UE para Política Externa e de Defesa, Josep Borrell, já tinha reconhecido ser “difícil de atingir”.
Peter Stano salientou, no entanto, que o objetivo político se mantém, defendendo que os 27 “fizeram o que puderam através dos seus arsenais e fazem o que podem no que respeita a encomendas” para honrar o seu compromisso com Kiev.