Numa decisão, anunciada esta quinta-feira, em dois comunicados, depois dos plenários dos trabalhadores, os funcionários do Jornal de Notícias (JN) e O Jogo, vão suspender os contratos de trabalho, devido à falta de pagamento dos salários.
Esta decisão surge, no seguimento, de um anúncio feito, pelo fundo que controla o Global Media Group (GMG), esta quinta-feira, onde foi anunciado que a entidade não pagará os salários em atraso, até uma decisão da Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC) e de um “alegado procedimento cautelar”.
“O World Opportunity Fund (WOF) transmitiu-me no dia de hoje a sua indisponibilidade em efetuar qualquer transferência, sem que o Conselho Regulador da Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC) conclua o processo administrativo autónomo para a aplicação do art.º 14 da Lei da Transparência, e que pode eventualmente resultar na inibição do exercício dos direitos de voto por parte do WOF”, afirmou o presidente executivo (CEO) do GMG, José Paulo Fafe, em comunicado.
Os jornalistas do JN e de O Jogo, na nota divulgada, lamentam “mais um ato terrorista” da Comissão Executiva do Grupo, e relembram que se encontram a viver uma “situação limite e extremamente angustiante”.
“Não cedemos a chantagens, pressões e táticas terroristas da CE ou de José Paulo Fafe, que fazem dos trabalhadores autênticos reféns e armas de arremesso”, rematam os trabalhadores na nota.
Parte dos trabalhadores da GMG ainda não recebeu o salário de dezembro