A Audi venceu a maior e a mais dura corrida do mundo com um carro equipado com dois motores elétricos (670 cv) e um motor 2.0 turbo gasolina (390 cv). Terminado o projeto Dakar, a marca alemã prepara a entrada na Fórmula 1 em 2026. Ao fim de quase oito mil quilómetros, dos quais 4.727 foram feitos ao cronómetro no deserto da Arábia Saudita, Carlos Sainz, bicampeão do mundo de ralis, terminou a prova com 1h20m de avanço sobre o belga Guillaume de Mevius (Toyota Hilux). Durante as duas semanas de prova o espanhol mostrou sempre um andamento muito rápido e uma forma física impressionante.
Máquina e piloto complementaram-se para vencer uma prova extremamente exigente, como reconheceu no final: “Foi extremamente duro. A vitória aconteceu numa edição muito completa, com um carro muito especial e com uma quatro marca diferente. Para mim é muito especial fazer parte da história com a Audi. Era a última bala que tínhamos e conseguimos”. Ricky Brabec (Honda) venceu nas motos com mais de dez minutos de vantagem sobre Ross Branch (Hero). O ex-motard Ruben Faria é o desportivo da Honda e estava orgulhoso com mais um triunfo da marca japonesa. Entre os pilotos portugueses, destaque para João Ferreira (Can Am), quinto classificado na categoria SSV, ao passo que nas motos António Maio (Yamaha) foi 18.º, Bruno Santos (Husqvarna) ficou em 28.º e foi segundo entre os rookies e Mário Patrão terminou na 29.ª posição e foi o melhor veterano.
Audi venceu o Dakar com um protótipo elétrico, a Fórmula 1 vem a seguir
Aos 61 anos, Carlos Sainz continua a andar muito depressa e a ganhar provas.