A interrupção da legislatura, não pode ser pretexto para mudar o que importa manter e entrar por caminhos perigosos para o desafio da concretização de respostas e soluções para as pessoas e para os territórios, no quadro das vivências democráticas.
Por mim, continuarei em defesa do Mundo Rural e do Baixo Alentejo a posicionar-me do lado da construção de soluções que, no caso dos desafios estruturais, precisam de um amplo compromisso para que não se perca a necessária sustentação das vontades e dos recursos.
Por mim, continuarei com determinação e mais discrição do que gritaria, a trabalhar na mobilização de vontades e recursos para superar os bloqueios e concretizar soluções como a que levou à assinatura do contrato de empreitada de construção do circuito hidráulico de Monte da Rocha, Ourique e do novo bloco de rega de Messejana, no concelho de Aljustrel, ambos no distrito de Beja. A água do Alqueva vai mesmo chegar ao sul do Baixo Alentejo, conferindo uma renovada sustentabilidade no abastecimento de água, que não exime a procura de novos pontos de equilíbrio nas atividades económicas e o uso eficiente no consumo humano.
Estar do lado da construção de soluções significa a responsabilidade de não gerar falsas expectativas enfunadas por populismo que não têm em conta as disponibilidades do país e as configurações dos fundos europeus. Não significa isso que não tenhamos a ambição de transformar e melhorar os funcionamentos e as orientações para responder melhor aos desafios colocados às comunidades rurais, à capacidade produtiva agroalimentar e à procura da sustentabilidade que não mate as tradições e as vivências que persistem nos territórios do Interior.
É por ter estado do lado da construção de soluções que se mobilizaram vontades e recursos para projetos concretos na saúde, na educação e na valorização do território em muitos concelhos do Baixo Alentejo. Não se ficou pelo protesto ou pelo sublinhar do problema, esteve-se do lado da solução.
O Mundo Rural precisa de atenção, de voz e de consequência, com noção das disponibilidades, dos equilíbrios e de uma ambição de sustentabilidade das dinâmicas positivas em que não há espaço para preconceitos ideológicos, extremismos e derivas de intolerância em relação a quem pensa e age diferente dos padrões citadinos ou pseudo-modernos.
Por mim, continuarei de alma e coração, a dar o melhor que sei e posso nessa defesa intransigente da ruralidade, do seu potencial produtivo, das suas marcas de identidade às inovações que não desvirtuem, da resolução aos problemas estruturais às novas realidades.
Estar do lado da solução é o primeiro passo para resolver o problema. No Baixo Alentejo como no país como um todo. Nunca haverá verdadeiramente todo se uma parte não tem o que devia.