Lucro do Montepio caiu 16% para 28,4 milhões em 2023

Já as comissões líquidas subiram 5,4% para 127 milhões de euros.

O lucro do banco Montepio caiu 16% para 28,4 milhões, em 2023, face aos resultados líquidos do ano anterior, de 33,8 milhões de euros. “Este resultado recorrente, que traduz um aumento de 110,7 milhões de euros face a 2022, exclui “o efeito da reclassificação da reserva cambial no valor de 116,1 milhões de euros, na sequência da desconsolidação do Finibanco Angola S.A. no 1.º semestre de 2023, sem qualquer impacto na situação líquida ou nos rácios de capital”, refere a instituição financeira.

O Montepio disse que, no ano passado, encerrou “com sucesso o programa de ajustamento operacional iniciado em 2020, tendo dessa forma concluído uma remodelação relevante com um impacto estrutural na organização”.

A margem financeira atingiu 408,1 milhões de euros em 2023, uma subida de 62,3% face aos 251,5 milhões de euros obtidos em 2022. Já o produto bancário ‘core’ foi de 535,1 milhões de euros, o que representa um crescimento homólogo de 43,8%, referiu.

O crédito a clientes fixou-se em 11,7 mil milhões de euros, com o segmento de empresas a representar 47% do total, enquanto os depósitos de clientes totalizaram 13,4 mil milhões de euros, um aumento de 251 milhões de euros em termos homólogos, com o segmento de particulares a representar 72% do total, disse o banco.

Já as comissões líquidas subiram 5,4% para 127 milhões de euros em 2023, com os maiores proveitos com a manutenção e gestão de contas e com comissões de mercado a anular os desempenhos desfavoráveis das comissões relacionadas com serviços de pagamentos e com crédito (“resultante da implementação das iniciativas legislativas que promoveram a isenção de comissão de processamento de crédito para clientes particulares”), referiu.

Segundo o banco, “a imparidade de crédito em 2023 totalizou 49,6 milhões de euros, tendo determinado um custo do risco de 0,4%, a qual releva a manutenção de critérios conservadores de análise e concessão de crédito, que compara com o valor de imparidade de 13,4 milhões de euros e com o custo do risco de 0,1% registado em 2022”, indicou.

O Montepio deu ainda conta de uma “redução da exposição ao risco imobiliário em 134 milhões de euros”, menos 34%, para um total de 263 milhões de euros “representando 1,5% do ativo líquido (2,1% no final de 2022) e 18,3% dos fundos próprios (29,6% no final de 2022)”.

O banco destacou que “em 31 de dezembro de 2023 os rácios de capital atingiram níveis máximos históricos ao beneficiarem da redução dos ativos ponderados pelo risco e do aumento dos fundos próprios”.