Novobanco fecha 2023 com lucros de 743,1 milhões de euros

As comissões ascenderam a 296,1 milhões, com aumento de 0,9% face a 2022.

O resultado líquido do novobanco foi de 743,1 milhões em 2023. Um aumento face aos 560,8 milhões registados no ano anterior, “reflexo de um sólido modelo de negócio doméstico alinhado com as expetativas dos nossos clientes e das medidas de eficiência implementadas nos últimos anos”.

O CEO da instituição financeira referiu que “em 2023 o banco apresentou um conjunto de fortes resultados, superando todas as metas financeiras, e evidenciando um consistente histórico de execução e entrega”.

O banco afirma que o resultado líquido apresenta uma evolução positiva ao longo dos quatro trimestres deste ano, mas lembra que este último foi penalizado pelo “pagamento do compromisso irrevogável do Fundo Garantia de Depósitos (56 milhões, sem impacto em capital), perda na alienação de títulos parcialmente compensada por ganhos excecionais com cambiais e coberturas (30,6 milhões) e pela constituição da provisão relativa à tributação dos imóveis introduzida pela Lei do Orçamento de Estado de 2021, à semelhança do que ocorreu nos últimos trimestres de 2021 e 2022”.

A taxa da margem financeira foi de 2,75% e a margem financeira ascendeu a 1 142,6 milhões, “em resultado, do ambiente favorável das taxas de juro, e da gestão criteriosa das taxas de juro dos ativos e do custo de financiamento”.

As comissões ascenderam a 296,1 milhões, com aumento de 0,9% face a 2022, “com o impacto das alterações legislativas a condicionarem, em parte, a evolução positiva deste agregado”, revela o banco.

O crédito a clientes bruto situou-se em 25,5 mi milhões. “A originação no ano de 2023 foi de 3,5 mil milhões, suportada pela captação de clientes, tendo sido parcialmente mitigada pelo aumento das amortizações”.

Já os recursos totais totalizaram 34,9 mi milhões, um aumento de 0,2% face ao ano anterior, com os depósitos a situarem-se em 28,1 mil milhões. “Este desempenho reflete-se no crescimento da quota de mercado dos depósitos para 9,7% em novembro de 2023”.

Os custos operativos apresentaram um aumento de 6,9% face ao período homólogo (+30,8 milhões), “refletindo o contínuo investimento estratégico na transformação digital, otimização e simplificação da organização, e, por outro lado, os efeitos da inflação. Os custos com pessoal foram de 252,7 milhões (+19 milhões; +8,1%), os gastos gerais administrativos totalizaram 182,9 milhões (+20,7 milhões; +12,8%) e as amortizações ascenderam a 43,6 milhões (-8,9 milhões; -17%).

Em 31 de dezembro de 2023, o Grupo novobanco tinha 4 209 colaboradores (dez/22: 4 090; +119 colaboradores) e 290 balcões (dez/22: 292 balcões) dos quais mais de 265 a operar com o novo modelo de distribuição e mais de 236 equipados com VTM (Virtual Teller Machine).

Já o montante afeto a imparidades e provisões totalizou 92,1 milhões (dos quais 43,7 milhões para crédito, 16,9 milhões para títulos e 31,5 milhões para outros ativos e contingências) e que incluem a provisão relativa à tributação dos imóveis no valor de 30 milhões.