Lula mira grandes empresas 

O petróleo já é o terceiro produto exportado pelo Brasil logo após a soja e o minério de ferro

O Presidente Lula da Silva está influindo diretamente na gestão das empresas de maior porte do país. A Petrobras liberou o término do projeto de uma grande refinaria em Pernambuco, onde a metade em operação custou cinco vezes mais do que o projeto inteiro e foi alvo de muita corrupção. A refinaria seria licitada para venda. Na retomada das obras, compareceu e afirmou que os EUA não queriam a obra, mas ele faria. O Brasil importa um terço do gasóleo que consome, mas o petróleo vem ganhando importância na economia por a produção nacional atual ser a nona do mundo, com três milhões e meio de barris por dia. Em dois a três anos, pode chegar a cinco milhões. O petróleo já é o terceiro produto exportado pelo Brasil logo após a soja e o minério de ferro. Mas na Vale, uma das maiores mineradoras do mundo, que é privatizada, Lula insistiu em nomear o presidente, que seria o seu ex-ministro Guido Mantega, envolvido em muitos escândalos dos governos anteriores. A reação foi grande e ele desistiu.

 VARIEDADES

 • No Rio de Janeiro, não se escapa de ladrões nem depois de morto. O escritor Nelson Rodrigues teve seu busto, de 45 quilos, de bronze, roubado de sua sepultura no Cemitério São João Batista. Já os óculos de Carlos Drummond de Andrade, na calçada de Copacabana, já foram roubados mais de dez vezes.

• A bancada conservadora no Parlamento quer alterar as normas que beneficiam os presidiários. No Brasil, tem a ‘visita íntima’ e saídas nas festas como o Natal, em que cerca de 15% não regressam. Outra benesse é que, além dos custos de um presidiário, a família recebe um salário-mínimo. Já a bancada de esquerda quer tornar obrigatória a câmara nos uniformes dos policiais ‘para evitar abusos’. Embora os policiais tenham baixas nos confrontos, a bancada estás preocupada ‘com a letalidade de suspeitos’. A maioria dos ‘suspeitos’ armados. Outra novidade do novo ministro da Justiça, e reformado da Suprema Corte, Ricardo Lewandowski, seria transferir os presos em tratamento psiquiátrico para prisão domiciliar.

• O Governo lançou o seu projeto de desindustrialização com velhas e fracassadas receitas de reserva de mercado. Ao invés de facilitar investimentos em tecnologia e leis laborais sensatas, preferiu privilegiar o produto nacional nas compras do setor público, sem a contrapartida de investimentos em qualidade e produtividade.

• Apesar do discurso ambientalista do Presidente Lula da Silva, no seu primeiro ano de Governo, as queimadas na Amazónia tiveram um aumento de 6%. E os índios Yanomamis, no norte do país, continuam com dificuldades na saúde e na alimentação. Os militares tiveram de ser chamados para fornecer alimentos e assistência médica. A questão é complexa e nos 14 anos de governos do PT nada se fez na área.

• Faleceu em São Paulo o ex-deputado Cunha Bueno, líder monárquico e autor da inclusão da monarquia parlamentar no plebiscito de 1993.

• A comunidade israelita brasileira está preocupada com as posições de políticos ligados aos partidos de esquerda em relação à guerra. O ex-deputado e guerrilheiro José Genuíno, irmão do líder do governo na Câmara dos deputados, defende boicote a produtos e lojas de judeus. E o silêncio de judeus ligados ao Governo, como os senadores Jacques Wagner e Davi Alcolumbre, que não comentam a posição brasileira ao endossar a denúncia da África do Sul, que acusa Israel de genocídio, tem sido cobrado.

• O Brasil tem o maior custo do Judiciário do mundo com 1,6 por cento do PIB, três vezes mais do que a média mundial. Os tribunais tem os gabinetes de cada Desembargador de 120 metros quadrados, além de automóvel blindado os sete dias da semana.

• Policiamento durante o Carnaval vai ser severo. Aliás, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, é o mais popular do Brasil. O motivo é uma política de segurança pública dura em relação aos infratores e de apoio aos policiais.

• O ano no Brasil realmente começa na segunda-feira após o carnaval!