Sindicato denuncia transferências de polícias que apresentaram baixas e fala em “represálias”

Em causa estão elementos do Corpo de Intervenção da PSP que apresentaram baixa médica no jogo Benfica-Gil Vicente.

O Sindicato dos Profissionais da Polícia (SPP/PSP) denunciou, esta quarta-feira, que os elementos do corpo de intervenção da Unidade Especial de Polícia que apresentaram baixa antes do jogo Benfica-Gil Vicente vão ser transferidos e podem não ter os contratos renovados.

“Irão sofrer represálias motivadas por pressão política e serão desde já transferidos de grupo de trabalho, com risco da não renovação de contrato. Falamos de uma interferência política inaceitável”, referiu o SPP/PSP numa nota citada pela agência Lusa.

O sindicato faz questão de sublinhar que as baixas se devem a “motivos clínicos devidamente verificados por médico competente”.

“Num estado de direito, democrático, estar doente é um direito que a todos assiste, sendo que falamos de baixas médicas (nem sequer se fala de autodeclaração)”, acrescentou.

A plataforma sindical anunciou ainda, como reação à transferência de agentes e ao risco da não renovação de contrato, a realização de uma concentração para quinta-feira às 08h00 da manhã, junto ao portão do Corpo de Intervenção, na Ajuda, em Lisboa, frisando o facto de que há elementos disponíveis para passar a noite no local.